sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre crianças, família e cachorros

Fiz um trela grande. Trouxe um cachorrinho pra casa, mesmo sabendo que Marina não queria. Resultado: terei que devolvê-lo. Estou me sentindo como criança, que impulsivamente quer as coisas e se frustra quando não as tem. Mesmo sabendo que ela ia ficar brava, achei que por fim, se derreteria pelo animalzinho. Qual o que?
Logo mais sairei rumo à Chã de Cruz devolver o cachorro, como criança flagrada pela mãe em pleno ato de traquinagem e é obrigada a devolver aquele doce obsessivamente desejado roubado do pirralho filho da vzinha e ainda pedir desculpas ao dono. É lição dada.
Mas a criança aqui de 32 anos, tá frustrada, não tem jeito. Queria um cachorro. Tem coisas que não dá pra ser, uma delas é criança aos 32, pois queria espernear e fazer um escândalo pra ficar com esse cachorro. Ouvir que não se responsabilizarão por ele, que eu o cuide, que se ele comer o pé da mesa ou mijar no sofá é fim de casamento, etc... mas ficar com ele. Como não poderei, queria por última vez chorar amuado por não ter o que desejo. Queria trocar de corpo com meu filho de 5 anos e chorar até soluçar...