sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Espelhos

Nossa própria história, da humanidade, pode ser contada em prosa.
Eduardo Galeano, no seu último livro "Espelhos, uma história quase univesal" faz um passeio sobre fatos e personagens conhecidos e menos conhecidos da nossa história de uma maneira especial.

O livro começa assim :

(tradução livre)

DE DESEJO SOMOS

A vida, sem nome, sem memória, estava só. Tinha mãos mas não a quem tocar. Tinha boca mas não tinha com quem falar. A vida era uma, e sendo uma era nenhuma.

Então o desejo disparou seu arco. E a flecha do desejo partiu a vida ao meio, e a vida foi duas.

As duas se encontraram e riram. Era gostoso se ver e se tocar também.