sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Mais dinheiro às campanhas eleitorais que ao combate à pobreza!

Nesse momento (praticamente eterno) de crise política no Brasil, muito se tem dicutido sobre a bendita reforma política, financiamento público de campanha, fidelidade partidária, conjugal, emocional... Mas uma vez a solução do Brasil está nas REFORMAS. Haja reformar ese país, já vejo a hora de estourar o orçamento, deixar-mos de pagar os pedreiros e aí BUM! A casa cai.

É caixa dois prá lá, verbas de campanha pra cá e novamente se discute o financiamento público de campanhas. Obviamente isso é apresentado como a solução para evitar tanto desvío de dinheiro e troca de favores entre financiadores e financiados. Aqui no México o financiamento de campanha é público, ou quase público, na verdade é uma mistura dos dois. 2006 é ano de elição presidencial no México e o IFE (Instituto Federal Eleitoral) aporta grande parte do dinheiro destinado às campanhas eleitorais dos partidos do México. Para essas eleições o orçamento é de "míseros" 13 bilhões de pesos, cerca de 1,3 bilhões de dólares (sic.). Esse montante ultrapassa os investimentos de muitos programas de Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente e combate à Pobreza nesse país, não juntos mas... puta que pariu (La Jornada 15 de agosto - http://www.jornada.unam.mx/2005/ago05/050815/)! Aparte disso também é permitido que os partidos e candidtos recebam "doações" de campanha do setor privado. Não quero nem pensar na soma total.
Agora eu pergunto: Será que isso vai acontecer no Brasil? Estou certo que sim e aí haja estômago para aguentar saber que se gasta mais dinheiro com eleições que com programas culturais, educacionais, ambientais e de combate à miséria num país em calamidade pública como o nosso.
Todos os dias vou pra UNAM num "pesero" cheio de gente pobre, vejo a miséria nese país fazendo vítimas sobre tudo a população indígena pura (cerca de 15 milhões ou 12% da população mexicana residente), aos seus decendentes retirantes na Cid. do México e penso: Que merda de mundo é esse!
Financiar publicamente as campanhas no Brasil pode ajudar a evitar a lavegem de dinheiro, a proliferação de caixa 2 a sonegação e todos eses males congênitos da política latinoamericana. Entretanto não evitará que as relações incestuosas entre governo e elites deixem de acontecer, afinal um não vive sem o outro. Se vamos optar por um financiamento público de campanha, preparemos nossos estômagos para engolir cifras milhonárias aos partidos ultrapassando programas de saúde, educação, cultura e princiaplemente os limites da decência e do bom senso. Vide o México.

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